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Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2012

UM PINTOR COM ALMA: CARLOS ALEXANDRE

Esta tarde detive o olhar, durante vários minutos, sobre uma das telas mais fortes e expressivas que surgiram diante dos meus olhos nos últimos anos. É a representação viva da mais nobre arte de combinar tintas e ideias. É uma das mais subtis imagens de um génio das artes plásticas de Portugal. A plasticidade que nos envolve e nos domina a alma, quando conhecemos esse trabalho, espelha bem a emoção do artista quando o concebeu. Naturalmente, ao final daquele parto supremo, não houve derramamento de sangue, nem sombras liquefeitas de uma qualquer dor, existiu sim, pela força de uma natureza organicamente arrebatadora, o derramar de cores voluptuosas e luzes fulgentes, que resultaram num filho vigoroso, cheio de saúde. Carlos Alexandre conseguiu, depois de trinta anos de trabalho rigoroso em seu atelier, bem como em exposições em vários países, deixar uma marca intensa e perpétua em seu traço. Um daqueles registos que será possível distinguir em distância de gerações. Pincelada

Manoel Rodrigues Ferreira - O meu amigo Manoel

A Mécia Rodrigues Ferreira Pela nossa amizade eterna. Perpetuada em tantas páginas, Tantos sorrisos e tantos abraços. Corria o ano de 1990 quando Roberto Fontes Gomes e Juvenal Fernandes apresentaram-me o historiador Manoel Rodrigues Ferreira , de quem já muito ouvira falar e era admirador confesso. Era uma sexta-feira, dia de almoço entre o Roberto, o Juvenal, eu e o professor Sólon Borges dos Reis , num costumeiro restaurante da cidade de São Paulo. Era dia de trocarmos confidências literárias, de discutirmos este ou aquele tema, de colocarmos a limpo as reuniões em que participamos, dias antes, no Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo e na Academia Paulista de Letras . Locais que comecei a frequentar, também, a convite daqueles meus dois saudosos amigos. A minha admiração por Manoel Rodrigues Ferreira surgiu quando li três dos seus vinte e três livros publicados: A Ferrovia do Diabo , O Mistério do ouro dos Martírios e Nas selvas amazónicas , porém,

Ao lado do Povo

Amigos, infelizmente não tenho fotos da nossa luta de ontem em Lisboa. Não tenho por que não fui com vontade nenhuma de ser jornalista de mim próprio. Fui com o coração aberto e uma tremenda vontade em gritar. Voltei para casa esperançoso, completamente encharcado em suor e... afónico.   Senti-me vivo novamente, pois, lembrei-me, e não contive as lágrimas devido às lembranças, de um momento forte  de minha vida, quando participei em São Paulo, no dia 25 de janeiro de 1984 do Movimento das Diretas Já. Éramos muitos, mais de um milhão e meio de pessoas. Em Lisboa, ontem, a multidão não era no mesmo número, porém, o que se ouviu possuía a mesma força. Senti falta, apenas, de uma coisa: se a polícia tirasse os capacetes e se o exército viesse ao nosso encontro e todos, JUNTOS, subíssemos a escadaria da Assembleia da República e tomássemos pacificamente aquela Casa, com toda a certeza, o fantoche que está na presidência da República seria obrigado a destituir o (des)governo