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A mostrar mensagens de fevereiro, 2023

Eduardo Malta

  Eduardo Augusto d’Oliveira Morais Melo Jorge Malta nasceu no Largo de São João, freguesia de São Martinho, Covilhã, no dia 28 de outubro de 1900, e é um dos nomes incontornáveis da cultura portuguesa. O seu pai (proprietário de uma floricultura) gostaria que o filho estudasse medicina, todavia, o vizinho, o célebre pintor António Cândido da Cunha (1866-1926), percebendo o talento precoce do menino para a pintura – que desde os 4 anos de idade apresentava excecionais qualidades – convenceu-o a encaminhar a criança, com apenas 10 anos de idade, para a Escola de Belas-Artes do Porto. Nessa Casa do Saber permaneceu por sete anos (1910-1907), sendo aluno, entre outros, do mestre Marques Oliveira (1853-1927). Enquanto estudante, Eduardo Malta foi laureado com inúmeros galardões, porém, a sua vocação levou-o a conquistar, já na fase adulta, entre outros, três de grande prestígio, o Prémio Columbano, a Primeira Medalha da Sociedade Nacional de Belas Artes e a Medalha de Ouro da Expo

Urge rasgar o Acordo

  Recentemente, através de diversos veículos de comunicação, soube que o atual executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha desferiu fortes ataques contra o Partido Socialista, acusando-o de ser parcial na escolha do município que poderá vir a abrigar o novo Hospital do Oeste. Motivo suficiente para - na minha opinião de observador atento dos valores que podem alavancar um concelho - rasgar o Acordo que o PS/Caldas e os responsáveis camarários assinaram no início do atual mandato autárquico. O Movimento que tomou o poder está a esquecer-se de que, foi com o voto de centenas de socialistas (e, também, centenas de sociais democratas) desalentados com o rumo que a política nas Caldas da Rainha estava a seguir, que conseguiram eleger-se. Ora bem, atacando o Partido Socialista, inevitavelmente, estão a hostilizar os militantes e simpatizantes que os apoiaram. Se o hospital não for construído nas imediações de Caldas da Rainha, a responsabilidade não é do Partido Socialista. Culp

Traços identitários

  É gratificante para a alma quando conhecemos um concelho e percebemos de imediato os seus traços identitários. Porto, Óbidos, Leiria, etc. estão nesse naipe. Infelizmente, Caldas da Rainha não! Houve tempo em que este burgo era facilmente identificado, pois, a cerâmica, as termas e o comércio tradicional marcavam fortemente a sua personalidade. Neste momento possui uma posição desfavorecida e desconfortável, devido ao que se foi perdendo com o tempo e por causa do pouco conhecimento histórico-cultural que a classe política possui acerca da região. A matriz identitária de um concelho enaltece a sua reputação histórica, impulsiona a produção em diversos setores e consolida a discussão na cidadania e na cultura. Propiciando, como excecionais campos de atuação, a proteção, a propagação e o reconhecimento da herança cultural, com assento numa consciência participada de região, de biocenose, de sociedade e de investimento. Na rotina diária, as suas diligências, acerca da manutenção

Afonso Lopes Vieira

  O autor em epígrafe deixou uma indelével marca na história da literatura em língua portuguesa. Nascido em Leiria, a 26 de janeiro de 1878, dono de um virtuosismo encantador e de singular afetividade, foi um profícuo homem de letras e um precursor do cinema e da fotografia. A sua veia literária, além da poesia, das conferências e dos textos para a tenra infância, estendeu-se, também, para as adaptações e as traduções. Dividindo a sua existência entre o seu solar lisboeta e a sua casa de veraneio em São Pedro de Moel, passou os seus dias a ler, escrever e a reunir amigos à sua volta. Viajado, culto e profundamente dedicado à sua obra literária, construiu em torno de si uma áurea de perfeito esteta, sendo toda a sua atividade literária adornada por harmoniosas aspirações renascentistas. A sua obra coloca-o no movimento cultural conhecido como Renascença Portuguesa, conferindo-lhe, também, o epíteto de “um dos primeiros representantes do Neogarrettismo”. Fundador e redator da revis