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A mostrar mensagens de agosto, 2019

Feira dos Frutos

Numa daquelas magníficas tertúlias culturais na noite lisboeta, fui confrontado com perguntas, para as quais não tive resposta: Porquê a Feira dos Frutos das Caldas da Rainha quase não tem fruta? Porquê tantos expositores de carros e de imobiliárias? Porquê o exagero de barracas de alimentação e bebidas? Porquê é realizada naquele parque? Porquê são cobrados bilhetes? Porquê se realizam os concertos também naquele recinto? Apanhado de surpresa, e sem ter o que dizer, limitei-me a dar de ombros. Pouco tempo depois, já em casa, comecei a pensar no assunto e cheguei à mais simples das conclusões: A Feira dos Frutos poderia ser a grande montra portuguesa, do que de melhor se faz na cultura simultânea de plantas hortícolas e árvores de fruto deste país, porém, ao invés disso, é apenas um local para algumas pessoas comercializarem os seus produtos, que, em sua larga maioria, não possuem nenhuma relação com o tema principal. Uma multidão vai à Feira dos Frutos? Sim, mas, fazem

Eleições Legislativas

Conhecidas as listas, pelo distrito de Leiria, candidatas ao Parlamento, custa-me um pouco a crer que o nome de Rui Correia não tenha sido apresentado como integrante, especificamente, de uma delas. Como sabemos, esse rapaz - antigo candidato à presidência da Câmara Municipal, excelente vereador em anterior mandato, e recente vencedor do concurso “O melhor professor de Portugal” - possui qualidades de sobra para representar este concelho, porém, alguém não pensa assim. Tenho pena. Tenho mesmo muita pena, pois Caldas da Rainha acaba de perder a grande oportunidade de possuir um excelente representante na Assembleia da República. A história está aí para mostrar-nos o quão inócua tem sido a representatividade caldense, bem como os parlamentares que, depois de eleitos, fazem ouvidos moucos para os problemas desta região. Exemplos temos de sobra, nem vale a pena listá-los. 230 deputados terão assento no hemiciclo nacional após as eleições de 6 de outubro. Com certeza, qu

Um escritor esquecido

Viver nas Caldas da Rainha tornou-se perigoso para os amantes das letras, pois caem no esquecimento num ápice. Um destes casos é o de Luís Teixeira, nascido neste burgo no dia 3 de novembro de 1904. Escritor e jornalista de excelente envergadura, que deixou para a posteridade uma gama notável de livros e opúsculos. Entre eles passo a citar: A Casa das Sombras; A Obra dos “Amigos de Lisboa”; Ação Turística; Aguarelas do Comandante Pinto Basto – Estudo Biográfico; Alvorada de Agosto; Cantos de Lisboa: Festas da Cidade 1935; Categoria Literária das Cidades; Consciência de cumprir apenas um dever; Construtores de Soberania “Ma-hon”; Crónica dos Tempos Idos; Crónicas da Fundação dos Caminhos de Ferro em Portugal; Discurso em Homenagem ao engenheiro Duarte Pacheco; Feira de Amostras; Figuras e episódios do “Leão de Ouro”; Heróis da Ocupação; Homenagem a João do Rio; Iconografia de Camilo Castelo Branco; Itinerário de uma Rainha; Júlio César Machado; Lisboa; Lisboa e os seus Cr

O Parque D. Carlos I entre aromas e cores

O tempo passa e as memórias vivas permanecem. Conheci o Parque D. Carlos I no ano de 1975, quando cheguei a Portugal, vindo da Cidade Esmeralda (Luanda). Desde aquele ano, até aos nossos dias, muita coisa mudou naquele recinto, especialmente a graça e a beleza. Aquele espaço era, praticamente, um santuário ecológico. Multicolorido, com surpreendentes canteiros, transbordantes das mais diversas espécies de flores e plantas, literalmente para todos os gostos; a relva, sempre verde; as alamedas muito bem cuidadas e asseadas; o lago reluzente, de tão limpo; os pavilhões ocupados, e em cuidado permanente; a Casa da Cultura “a ferver”, com inúmeros eventos a sucederem-se. Sim: O Parque D. Carlos I era motivo de vaidade. Caldas da Rainha era uma cidade de Cultura! Reconhecida por todo o país, como tal. Talvez, caro amigo e leitor, ainda tenha alguma reminiscência do canteiro que ostentava o brasão da cidade. Consegue lembrar-se? Que primor. Que orgulho para os caldenses. O Sr.

Manoel de Sousa Pinto

O autor em epígrafe nasceu no Rio de Janeiro, porém, muito jovem, com apenas três anos de idade, mudou-se para Coimbra, na companhia de seus pais. Na Universidade local, formou-se em Letras e Direito. Durante a vida foi amigo íntimo de José Malhôa, de Rafael Bordalo Pinheiro, e de outros nomes sonantes da cultura de Portugal e do Brasil. Em 1923 foi nomeado professor ordinário de Estudos Brasileiros na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Escritor, jornalista, fundador, diretor e colaborador de diversos periódicos, entre eles: A Luta, A Capital, A Máscara, Arte & Vida, Atlântida, Feira da Ladra, Diário de Notícias, O Estado de São Paulo, Correio da Manhã (Brasil), Ilustração Portuguesa, Serões, Etc. Foi Sócio Benemérito da Academia de Amadores de Música, Cidadão Honorário da Cidade de Campinas (Brasil), Sócio Honorário da Sociedade Nacional de Belas Artes, Sócio Correspondente de 2ª Classe da Academia das Ciências de Lisboa (eleito em 23-07-1925 e a