Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2022

Arte musical do Ocidente – O Pós-Romantismo

  Determinar qual o espólio do Romantismo é empreitada tão intrincada quanto ordenar a proveniência do próprio movimento. Porém, existiu uma passagem de testemunho, o chamado Pós-Romantismo, que está alicerçada em quatro sustentáculos: o Neoclassicismo, o Impressionismo, o Expressionismo, o Nacionalismo, o Verismo (este sob manifesta ascendência do Positivismo de Auguste Comte (1798-1857)), que podemos considerar uma possível herdeira. Nessa “nova escola”, percebe-se a existência de obsoletas leis tonais, ou seja, música para agradar ouvidos, sem inovação nos acordes ou nos ritmos. Com isso, a maioria das composições sobrevindas não se tornaram opção palpável para o engrandecimento da música. Salas de concerto a abarrotar de público não eram o reflexo seguro da evolução do idioma tonal. Podemos até dizer que a música desprezou a presunção e ganhou simplicidade, reunindo uma oposição estética que avançou por uma retórica menos egocêntrica e mais racional, mas é pouco. Abaixo os co

Arte musical do Ocidente - O Romantismo

  Entre os anos de 1810 e 1900, com o apogeu - em quantidade e diversidade de instrumentos - da Orquestra Sinfónica, vigora o período que ficou conhecido como Romântico . Ocorre o rompimento com o Classicismo ditado pelo pensamento dos compositores na liberdade da forma, com uma maior manifestação das sensações emocionais, outorgando um realce ímpar à harmonia. Destacando-se, também, dessa fase, a inquietação com a necessidade em solidificar o que enaltecesse os mitos históricos de cada país, salientando-se composições quase sempre inspiradas em folclore nacional. O planeta passa a ouvir o eco das produções de diversas deidades, entre elas: Bedrich Smetana (1824-1884), Gustav Mahler (1860-1911), Richard Strauss (1864-1949), Félix Mendelssohn (1809-1847), Carl von Weber (1786-1826), Franz Schubert (1797-1828), Franz Liszt (1811-1886), Frédéric Chopin (1810-1849), Robert Schumann (1810-1856), Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893), Johannes Brahms (1833-1897), Gioacchino Rossini (1792-

Arte musical do Ocidente – O Classicismo

  O século XVIII foi extremamente inovador em termos musicais. Em meados dessa centúria, Franz Joseph Haydn (1732-1809) ao utilizar figuras mais moderadas de expressão; Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788) ao purificar a harmonia no estilo de composição; Christoph Willibald von Gluck (1714-1787) ao imputar a primazia da música instrumental sobre os improvisos vocais da ópera napolitana; Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) ao redefinir a sinfonia e modificar a música de câmara; Ludwig van Beethoven (1770-1827) ao ampliar a linguagem e o conteúdo musical (impulsionando o início da autonomia da forma, dando mais expressão às emoções e mais realce à consonância harmónica), entre outros, ditaram a transmutação do Barroco para o Classicismo. Porém, creio que, a grande mola propulsora para essa mutação, foi o surgimento do Iluminismo - com os seus ideais humanos e racionais – que influenciou o desenvolvimento do pensamento insubmisso na mente dos compositores da época. Este novo períod