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A mostrar mensagens de junho, 2023

Francisco de Almeida Grandella

  Maçon . Iniciado no ano de 1910, e integrado na Loja José Estevão, do Grande Oriente Lusitano, sob o nome “Pilatos”, praticou uma Maçonaria de apoio aos mais vulneráveis, respeitando o tríptico: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Fundou a Caixa Previdente do Futuro (1883); construiu dezoito escolas primárias e uma creche; edificou o Bairro Grandella na Capital portuguesa, para oferecer boas condições de moradia aos seus funcionários; ofereceu-lhes assistência médica e proteção social; estabeleceu, a todos, sem exceção, um dia de descanso semanal (domingo); consagrou-lhes uma semana de férias (remunerada e anual), e constituiu a Casa do Povo na Foz do Arelho. O seu nascimento, há 170 anos, deu-se em Aveiras de Cima, Azambuja, no dia 23 de junho de 1853, sendo filho de Francisco Maria de Almeida Grandella (1830-?) e de Matilde Libânia Doroteia de Barros Grandella (1852-?). Aos 11 anos de idade mudou-se para Lisboa, pela mão da prima Miquelina (?-?), indo morar na casa desta, situ

Gestão sem estratégia

  O atual executivo da Câmara Municipal das Caldas da Rainha já nos brindou com uma série de promessas não cumpridas. Entre muitas, cito a da não realização de eventos no Parque D. Carlos I. Este emblemático espaço vem sofrendo com os continuados mau tratos, porém, é algo que não preocupa os autarcas, pois tudo o que é relacionado ao Ambiente só possui real interesse se for possível agregar uma festarola. Caminho, pensam eles, que pode fazê-los granjear alguns votinhos nas próximas Autárquicas. Enquanto o concelho avança para lado nenhum, devido à nulidade de estratégia (a todos os níveis), o povo vai sendo entretido. Há quem goste. A maioria da população, não. A atual gestão camarária segue inaugurando obras que não são suas originariamente, mas age como se fossem. Como não há nenhum plano, relativo a prováveis ações estruturais, o melhor é fazer barulho com os tambores alheios. Pode dar certo até um determinado ponto, o problema é que restam apenas dois anos para terminar o man

Raul Proença

  A história de um concelho pode ser anunciada como motor impulsor do turismo se as Câmaras Municipais investirem na preservação do património cultural material que possuem. O que não acontece nas Caldas da Rainha. “Não é fácil dialogar com os proprietários” é a frase-lema dos autarcas, quando os imóveis a serem intervencionados pertencem a privados. O curioso é que, na maioria das vezes, por parte dos edis, as tentativas para a conversa não existem. Há, no concelho caldense, um absoluto descaso quando se trata de reparos, melhoramentos ou manutenção de imóveis de interesse histórico-cultural, bem como no que está relacionado à estatutária local. Um dos casos mais gritantes gira em torno da figura de Raul Sangreman Proença (1884-1941). Em 2024 completam-se os 140 anos do seu nascimento e a casa onde nasceu, situada no Largo João de Deus, nº 10, está em precário estado. O hilário é encontrar – de total responsabilidade camarária – o monumento erigido em sua homenagem também num

Peças de colecionador

  No recente dia 31 de maio ocorreu a abertura da exposição “Nove capas para o Zeca”, de José Santa-Bárbara, na Sala Polivalente da Biblioteca da Escola Superior de Artes e Design em Caldas da Rainha (ESAD.CR), sob curadoria de Abel Rosa. A mesma estará patente até ao dia 17 de julho e poderá ser visitada por todos que possuírem interesse. O evento teve a coordenação do “Núcleo AJA Caldas da Rainha – Associação José Afonso”, um dos 19 núcleos existentes que homenageiam o maior cantor de intervenção de Portugal: José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (1929-1987), o Zeca Afonso. José Santa-Bárbara, artista plástico iluminado e iluminador, possui uma obra notável, amparada por uma criatividade abundante e impetuosa. Se analisarmos as capas que concebeu para os discos de Zeca Afonso, respeitando, naturalmente, a época de criação, com todos os reduzidos meios técnicos existentes, encontramos um virar de página, um marco assente na novidade e no poder da originalidade. Cada capa é uma