Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2022

Acórdãos e Eleições da Confraria…

  Neste mês de novembro, a Mesa Administrativa, a Assembleia Geral e o Conselho Fiscal da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos, publicaram mais um relevante tomo acerca da sua rica e respeitada história, o “Acórdãos e Eleições da Confraria e Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos (volumes XIV-XVI: 1914-1922)”. O historiador Ricardo Pereira continua, assim, com o seu dedicado e extenuante trabalho de recolha e tratamento da preciosa documentação – cujos originais estão acautelados com zelo e distinção no Arquivo Histórico daquela Casa – que engrandece a biografia dessa Instituição que é um dos alicerces, senão o maior, do concelho de Óbidos. O património que tem sido publicado vem avivar a história da região onde o mesmo está inserido, além de enriquecer a reminiscência coletiva que o construiu (e constrói, dia após dia). A cronografia revela-nos que, a partir do século XVIII, ocorre uma acentuada explosão demográfica, associando-se a esta um avolumar de escritores e

Porta da Senhora da Piedade

“Sobe ao trono português o duque de Bragança D. João 4º pela feliz revolução do 1º de Dezembro de 1640. Neste dia, o povo de Óbidos sacudiu também o jugo espanhol: caem de repente sobre os empregados e levantam o grito a favor do duque de Bragança e nomeiam empregados provisórios, porém foi tudo em tão boa ordem que não aconteceu o mais pequeno desastre a respeito de mortes. Depois de tudo em sossego, D. João 4º manda reparar e reformar o paço do concelho e manda pôr por cima das portas da Vila uma pedra com este letreiro: “A Virgem Nossa Senhora foi concebida sem mácula do pecado original.” Este rei repara alguns bocados de muralha, manda pôr as portas novas e tirar as antigas por estarem bastante velhas.” O acesso ao interior do Castelo de Óbidos é feito através de quatro portas e dois postigos, sendo uma a Porta da Senhora da Piedade - rematada com o supracitado dístico, ali mandado instalar pelo Rei D. João IV (1604-1656) – situada no ponto meridional da cidadela. Ao observarmos o

Ermida de N. S. do Monserrate

  Também conhecido como Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, este templo renascentista, maneirista e barroco, situado extramuros na Vila de Óbidos, é mais um dos monumentos de destaque do citado concelho. Consta que a primitiva construção, dedicada a Nossa Senhora do Monserrate, foi erguida por volta do ano 1300, pertencendo à família Sanhudo (período da estruturação do zimbório), uma linhagem que deixou, com o passar das décadas, uma profusão de marcas históricas. Inclusive , as suas armas heráldicas estão no Livro Antigo dos Reis de Armas, sendo um leão o seu timbre. Com um detalhado estudo heráldico, é possível confirmar o seu valor histórico-nobiliário. Por volta do ano de 1400, o templo foi emprestado à Ordem Terceira de São Francisco. Em 1529, o padre Luís Franco (?-1599) mandou construir a nave e executou uma remodelação, às suas expensas, no restante do traçado. Esse sacerdote, aquando do seu falecimento, foi sepultado junto ao altar, como consta da seguinte dísti

Igreja da Misericórdia

  No dia 30 de dezembro de 2020, nesta minha coluna semanal, dei os parabéns ao provedor, a toda a Mesa Administrativa, à Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal da Santa Casa da Misericórdia da Vila de Óbidos, pelo seu excelente trabalho na salvaguarda da história dessa instituição, devido ao rigor no restabelecimento, e publicação, dos seus documentos mais importantes. Desta feita volto a parabeniza-los, porém, agora devido ao término da recuperação da sua Igreja, inteiramente renovada com apoio do Fundo Rainha Dona Leonor (criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela União das Misericórdias Portuguesas “para apoiar os valores e as atividades das Misericórdias de todo o País, no princípio da autonomia cooperante”). As obras abrangeram um procedimento estrutural no telhado; numa das paredes transversais; no restauro do “cadeiral em madeira policromada e dourada, com espaldar e resguardo frontal”; numa parcela dos “azulejos policromos estilo “padrão”, do século XVII”; na

Apontamentos Políticos

  A s eleições no PS/Caldas ficaram marcadas pela vitória da lista que apresentou propostas concretas e não andou “de porta em porta” a difamar os adversários. Agora, vem a parte prática: colocar a casa em ordem, trabalhar (desde já, espero que “não se esqueçam”) para organizar a campanha das próximas Autárquicas e para aumentar o número de militantes. Há alguns nomes fortes para possíveis candidatos à presidência da Câmara, à liderança da Assembleia Municipal e às duas freguesias urbanas, porém, para levar a bom caminho as pretensões de todos os socialistas é necessário que os novos dirigentes assumam a força do partido a nível nacional e mostrem aos caldenses que o PS/Caldas é a grande opção para 2025. Já o PSD exibe um apagamento curioso. Não compreendo o motivo que leva essa força política a não exercer a sua oposição no atual mandato. Será que está a usar o velho truque do “deixar esticar a corda”? Este silêncio será uma artimanha para permitir que o atual executivo “se espa