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A mostrar mensagens de março, 2022

Grandes superfícies

  Segundo notícia veiculada pela imprensa, Caldas da Rainha poderá abrigar mais uma grande superfície. As perguntas que faço são simples e diretas, e deveriam ser respondidas pelo Diretor-geral das Atividades Económicas (DGAE), pela Câmara Municipal, e pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) territorialmente competente: Esse concelho necessita de mais um empreendimento desse porte? Há massa crítica para tal? Lembraram-se de que essa medida pode enfraquecer – ainda mais – o comércio tradicional, especialmente o do centro da cidade? Acreditam mesmo em conquista de postos de trabalho com vínculos contratuais seguros? Os políticos caldenses ainda não compreenderam que o grande motor para um extraordinário desenvolvimento económico do concelho passa por dois caminhos: A atribuição financeira às bem organizadas indústrias culturais; A reativação total e completa das Termas. Caldas da Rainha, com a vereação cultural que possui, jamais conseguirá efet

Museu do Hospital e das Caldas

  Quando chegamos às Caldas da Rainha encontramos entradas sujas, descaracterizadas e sem nenhuma elegância arquitetónica. O mesmo ocorre com os monumentos do Parque Dom Carlos I, e os demais, dispersos pelo centro da cidade. Há, porém, um edifício que entristece qualquer apreciador de arte arquitetural: O do “Museu do Hospital e das Caldas”. Não consigo compreender o que leva determinadas pessoas a macular (com expressões que de artísticas nada possuem), tão grotescamente e em toda a sua extensão, a fachada posterior daquele imóvel. Vivemos numa época em que qualquer risco tosco é considerado uma obra de arte, porém, o que se vê naquelas paredes é ainda mais aberrante do que a pobreza estética vigente, não podendo ser chamada de arte urbana, fugindo do que se compreende como grafitti e entrando no banal conceito da pichação. Nestes tempos mais recentes, onde a cultura caldense está entregue a devaneios popularescos, pode até parecer natural ver as paredes de um dos mais icóni

Demagogia ou Eurocentrismo?

  Utilizando o meu direito à liberdade de expressão, ouso comentar o apoio que a vereadora da ação social das Caldas da Rainha decidiu dar aos possíveis refugiados ucranianos que possam chegar ao concelho: É um ato louvável. Porém, faço a seguinte pergunta: O “Gabinete de Crise para Refugiados” agora criado, serve apenas para o extraordinário povo ucraniano ou podemos incluir, também, as populações que fogem dos outros graves conflitos que acontecem no nosso planeta (bem como a colónia russa, que tem sido alvo de claro preconceito no concelho caldense)? Com certeza a Sra. vereadora não sabe, mas existem vinte e oito atrozes conflagrações a ocorrer no globo terrestre, entre elas: O conflito curdo-turco; a segunda guerra civil no Iraque; a guerra contra o narcotráfico no México; a guerra civil da Somália; a insurgência islâmica no Magrebe; o conflito na Caxemira; a guerra do Afeganistão; a guerra civil na Síria; a guerra civil iemenita; o conflito no sul da Arábia Saudita; a guerra

A alma exterior

    Todos os dias vestimos a roupa que mais agrada aos outros. Frequentamos os lugares que nos indicam. Bebemos o que nos impingem em insalubres propagandas. Dizemos palavras que, na realidade, deveriam estar sempre silenciadas, por terem sido pensadas por mentes alheias à nossa. Resumindo: Vivemos para fora. As redes sociais, e o que os outros pensam de nós, vieram biblicamente alçar-nos a qualquer coisa de inútil. A vontade dos outros, sobre a nossa, desmanchou-nos a alma interior. Recuperar a nossa identidade, a nossa voz, a nossa consciência, é um trabalho exaustivo, penoso, quase impossível. E, será que o gostaríamos de fazer? A síndrome do alheio abastece-nos de tal modo que confundimos a realidade da vida com a virtualidade das redes. A maioria das pessoas, atualmente, acorda nervosa, irritada, destilando fel e arrogância. Como são vítimas da veleidade absorta, a primeira coisa que fazem, ao saltar da cama, não é dar continuidade à leitura de um livro, é, lamentavelmen