Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2023

Nova luta dos professores

  Não me recordo de nenhum Governo que alguma vez tenha, realmente, sido justo com os professores. Os ordenados líquidos são muito abaixo do merecido, a estabilidade no emprego é duvidosa, a progressão na carreira não é decente e honesta, o exagero na carga tributária, a precariedade, a falta de incentivos, o excesso de carga horária, etc. Além disso, há um número absurdamente grande de docentes por colocar (e dezenas de alunos sem aulas desde o início do ano letivo). Portugal passa, mais uma vez, por justas reivindicações, por parte dos professores (e de todos os profissionais de educação) do ensino não superior. Cinco pontos estão na mesa de negociação com o Governo: 1) um aumento de salário, que possibilite minimizar – realmente – o agravamento da inflação; 2) uma correta avaliação, e progressão na carreira, sem quotas, de estrutura meritocrática, sem a sanha desumana de poupança ditada pelas Finanças; 3) o retorno à administração democrática das escolas; 4) o fim da municipal

Cobranças censuráveis

  Depois de uma série de “observações e estudos no terreno”, pude perceber o descaso que toma conta de diversos pontos do concelho de Caldas da Rainha. Um dos locais perscrutados foi o do Cemitério de N. S. do Pópulo (em frente à antiga Secla), que se encontra, intramuros, muito mal tratado. Aliás, a arrogância, no que concerne à cobrança de taxas camarárias, atinge aquele local, pois, para colocarmos uma simples placa de mármore ou granito, identificando os nossos entes queridos que ali repousam, somos obrigados a pagar uma determinada quantia à Câmara Municipal, que, independente do valor, é desumano, neste momento de crise, em que muitas famílias estão, literalmente, com a corda no pescoço. Além de inflacionar o que já nos custou muito caro (a aquisição do terreno, a compra e instalação da campa ou jazigo, etc.). Somos obrigados a arcar com todas as despesas para construção e manutenção de uma tumba e ainda nos atiram com uma desagradável cobrança. Não tarda, seremos também forç

Natal pequenino

  Caldas da Rainha viveu um recente período natalino sob a égide dos enfeites caros - e desnecessários, neste difícil período de recessão que passamos - nas ruas e praças locais. O excesso de ruído, no centro da cidade, também não levou conforto a quem gosta de descontração, de boa conversa e de um momento de tranquilidade numa esplanada. Infelizmente, os políticos ainda acreditam que luzes e barulho dão votos. É claro que, nas Caldas da Rainha, essa classe possui alguma sorte, pois a população é muito mansa, não se preocupando com “as facadas que recebe nas costas” aquando das decisões tomadas na Assembleia ou na Câmara Municipal. Será que os meus queridos leitores não têm conhecimento acerca de como as resoluções tomadas naqueles dois órgãos podem afetar a sua vida? Saibam que podem atingi-los diretamente, positiva ou negativamente. Mas o que isso importa, não é mesmo? O que vale é ter os olhos para cima, encantados com o colorido que “embeleza” algumas ruas, publicar fotografi

A memória dos objetos do quotidiano

  Recentemente, como faço quando a saudade bate forte, detive-me a admirar alguns objetos familiares muito antigos como, por exemplo, a minha coleção de louça. Peças que pertenceram a diversos ascendentes e, algumas, com mais de trezentos anos. A história traz-me memórias subtis, remetendo-me a pensamentos alumiados pela luz da candeia que existiu nas casas dos meus antepassados. Levando a idade daquelas peças ao pé da letra, estamos a falar dos anos de 1700 a 1799. Ou seja, numa época em que ocorreram alguns acontecimentos significativos em determinados pontos do planeta, entre eles, a Revolta dos Sobas em Angola; a Embaixada da China enviada a Portugal, em sinal de estreitamento de relações (curiosamente, os chineses ofereceram sessenta caixas com preciosidades, entre estas, sete magníficas pérolas. Onde será que se encontram?); o violento sismo que abalou todo o Algarve (do cabo de São Vicente a Castro Marim, provocando enormes estragos em Tavira, Faro, Loulé, Portimão e Albufei