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A mostrar mensagens de junho, 2010

José Saramago: O melhor escritor da sua geração

JOSÉ SARAMAGO

Lembro-me, como se fosse hoje. No ano de 1998, estava a estudar uma peça, que seria levada à cena algum tempo depois, quando, num intervalo, enquanto sorvia um chimarrão quente e bem preparado, liguei a televisão para ficar a par das notícias do momento, e eis que a emissão, toda ela, era de parabenização ao glorioso José Saramago, por ter-lhe sido atribuído o Prémio Nobel de Literatura. Confesso que me apeteceu abrir a janela do apartamento, enfrentando aquela fantástica São Paulo, e aos gritos manifestar toda a minha alegria. O que fiz, de imediato, foi telefonar para todos os amigos da Academia Paulista de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, do Instituto Cultural e Humanístico “José Martins Fontes”, a tentar dar a notícia em primeira mão, enganei-me, todos já a sabiam, a informação correra célere, existia já uma imensa panóplia de admiradores, em manifestação profunda e, quase, alucinada, em regozijo pela conquista do grande escritor. Estávamos todos eufórico

Propinas?

E, mais uma vez, fui passar os olhos por alguns Blog's indicados por amigos... e, mais uma vez, assustei-me com algum palavreado, desta vez o político. Não entendo como é possível, determinadas pessoas, com raízes culturais vincadas e com um certo discernimento, andarem a escrever alguns absurdos, tais como: "as propinas de (tal estabelecimento de ensino) deveriam rondar os 950,00 Euros". Claro que aprofundei um pouco a procura, para saber quem é o imbecil que propõe uma treta dessas, e eis que encontro uma raiz fincada no PSD, e braços estendidos ao CDS e ao PS. Os mesmos que andam a atrasar o país. O indivíduo que escreveu aquela asneira é um dos que lambe as botas desses partidos (para ver se pinga qualquer cargo com ordenado chorudo)... As propinas são um atraso na educação de qualquer nação. É necessário acabar com elas. E então, perguntam-me: "como podemos manter o ensino em Portugal?" É simples, basta acabar com os absurdos ordenados dos gestores, e, já a

A pena e o papel

Hoje, ao responder a um jornalista amigo, sobre quais os livros que mais tocaram fundo a minha alma, disse-lhe simplesmente: aquele que ainda não li. Depois expliquei que não era possível "dar-lhe títulos", porque não sou leitor "de títulos", o que me apaixona, de facto, são determinados autores, seja de que nacionalidade for, basta começar a conhecer a obra publicada - e a gostar - e pronto, está tudo resolvido, não descanso enquanto não comprar tudo o que publicou. O que às vezes é um desatino... Talvez seja por esse motivo que possuo uma biblioteca de quatro mil volumes... Será? E assim - entre risos - vou vivendo e acreditando que só a cultura e a educação podem mudar, de facto, um país. E que, um povo que não lê, principalmente o português, jamais vai perceber que a Língua Portuguesa é um organismo vivo, sempre em mutação. E, por falar em Lusofonia, conhecem a literatura de algum escritor de um dos outros países desse "mundo lusófono"? Já imaginava...