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Mensagens

A mostrar mensagens de 2018

Paramahansa Yogananda

Mukunda Lal Ghosh, descendente de uma abastada família Bengali, nascido na cidade de Gorakhpur, na Índia, no dia 5 de janeiro de 1893, veio ao nosso planeta amparado por um halo de divindade. Ainda criança comovia quem dele se aproximava através dos seus relatos de vidas passadas, ou de suas “escapadelas da consciência” (quem com ele estivesse naquele momento, se não soubesse do que se tratava, ficava imediatamente aterrorizado, julgando que o jovem estaria morto). Um dia, um espírito vem ao seu encontro e comunica-lhe que a sua mãe cumprira a sua jornada de vida. Mukunda ficou muito abalado com a revelação. A partir daquele momento decidiu intensificar a sua busca por Deus. Em 1910, no Eremitério do mestre Swami Sri Yukteswar, ouvindo as palavras assertivas deste sábio, decidiu ali permanecer, para iniciar a sua verdadeira preparação espiritual. Cinco anos depois concluiu os estudos na Universidade de Calcutá, fazendo, em seguida, os votos para a entrada na Ordem

Por um Cinema de Arte

Gostaria de ver em Caldas da Rainha um autêntico Cinema de Arte. Uma sala onde fossem exibidas produções que se diferenciassem do sistema narrativo costumado do cinema estadunidense, conhecido como cinema industrial. Sei que o CCC (Centro Cultural e de Congressos) de vez em quando realiza exibições nesse sentido, porém, ainda é pouco. Caldas da Rainha deveria possuir um espaço idêntico à Cinemateca de Lisboa, onde, diariamente, estivessem disponíveis mostras cinematográficas experimentais ou, se preferirem, de “vanguarda”. Se este concelho possuísse uma sala com essa valência, poderia, agora, por exemplo, realizar uma mostra acerca da obra do recém-falecido Bernardo Bertolucci (1941-2018), cuja espetacular filmografia caminha entre os anos de 1962 e 2012, ou seja, 50 anos de bom cinema, divididos em vinte películas, que vão do extremo do cinema de arte até ao cinema comercial (mas, neste caso, com uma qualidade excecional. Vejam o exemplo de: “Último Tango em Paris”, “O Ú

A Carta de Atenas e a Cidade de Caldas da Rainha

No ano de 1933, a cidade de Atenas, na Grécia, foi palco do IV CIAM - Congresso Internacional de Arquitetura Moderna, dali resultando um manifesto urbanístico conhecido como “Carta de Atenas”. Os Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (1928, 1929, 1930, 1933, 1937, 1947, 1949, 1951, 1953 e 1956) criaram uma estrutura de pensamento e desenvolveram uma sucessão de episódios, amparados pelos principais nomes da época, no intuito de discutir quais os métodos a adotar nos mais diversos âmbitos da arquitetura. Os congressistas expuseram e debateram sobre os mais variados temas e foram os impulsionadores daquilo que se conhece como international style , uma arquitetura depurada, substanciada, prática e lógica, e que, em minha modesta opinião, veio prejudicar grandemente o património histórico de diversas cidades, inclusive o de Caldas da Rainha. Caldas da Rainha é uma urbe - talvez a única de Portugal - a possuir uma diegese das mais distintas, compreendendo exemplos arquite

Nádia Schilling no palco do Centro Cultural e de Congressos

Uma cantora, com voz doce e melodiosa, uma arquiteta paisagista, com um traço preciso e harmonioso. Uma mulher de fibra que se entrega aos projetos, nessas duas áreas, com um amor e uma dedicação monástica. Nádia Schilling esteve no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha, no recente dia 22 de setembro, apresentando o seu álbum de estreia: “Above the Trees”. Há quem o considere um disco melancólico, eu não. Classifico-o como um registo de viragem na música portuguesa, pela sensibilidade, pelas harmonias, pelo frescor naturalista, pelos contrapontos em consonância modelar. Não é um trabalho comercial, pelo menos na minha ótica, vejo-o mais como um álbum fadado a tornar-se “uma estilha”, daquelas por quem pagamos pequenas fortunas em Sites de raridades musicais. É uma obra intemporal. “Above the Trees” faz-nos, conscientemente, perceber o jazz, o folk e o indie rock, em toadas de acalanto, como se uma revoada de pássaros, repentinamente, passasse sobre nós, deixando a

Arena Romana nas Caldas da Rainha

Toda a vez que ouço um aficionado das touradas destilar frases de efeito, anunciando que “aquilo” é cultura, ponho-me a pensar num excelente projeto que poder-se-ia executar nas Caldas da Rainha: Construir-se uma Arena Romana. Naturalmente seria um plano muito interessante do ponto de vista “cultural”. As Arenas Romanas estão na história devido à inexorável caçada suportada pelos cristãos primitivos. Praticamente a mesma coisa que acontece com os touros numa praça. São muito conhecidas as crónicas sobre as catervas de animais impetuosos que eram lançados sobre os fiéis indefesos, algo muito semelhante com o que se vê nas liças tauromáquicas. Um touro a mais ou a menos para os aficionados é, praticamente, igual ao sentimento romano: Um cristão a mais ou a menos pouco importa. O que vale é a festa; a boa disposição de quem está nas arquibancadas; as fortunas envolvidas, representando lucros fenomenais para alguns; a bandinha de música, orientada por um maestro bêbad

O espectro político e a política sincrética

Caldas da Rainha é uma cidade peculiar, no que trata ao seu espectro político, pois a maioria da sua população possui uma pouco recomendável consciência política. De concordância com a essência mais elementar de Esquerda e Direita, o óbvio seria colocar o comunismo e o socialismo na primeira, e o liberalismo e o conservadorismo na segunda, porém, não é bem assim que isso ocorre. Muitas vezes assusto-me com determinadas posições (populares) na política local, isso possui uma explicação simples: Falta de conhecimento político. O pior é que essa situação acaba por refletir-se partidariamente. Um exemplo disso: Em meados de junho escutei um fraseado sinistro, saído da boca de um líder de um partido de Esquerda, a defender uma posição praticamente colada à Extrema-Direita. Uma perfeita demonstração de ignorância histórico-política, encostada ao mais feroz liberalismo clássico da escola austríaca. Muito antes de se desejar liderar um partido político, é imperioso que se per

"Malhôa Inédito" - Lançamento a 22 de abril de 2018

Malhôa Inédito

Prezados leitores. Segundo os Editores, o meu ensaio "Malhôa Inédito" estará em todas as livrarias portuguesas no próximo mês de abril. Em momento oportuno darei informações acerca do seu lançamento. Um abraço fraterno a todos.

Há livros... e livros...

É impressionante. Tenho recebido uma série de textos interessantíssimos, de autores completamente desconhecidos, e que, naturalmente (por não serem figuras públicas) são cabalmente ignorados pelas editoras. Editoras essas que, todos os dias, entopem as minhas páginas (Facebook) com publicidade acerca dos livros que estão a editar. Sinceramente: Para minha tristeza, considero 90% daquilo que publicam o pior do pior. "Cerejas do topo do bolo", que, na realidade, deixam-nos com náuseas depois da leitura.  Os editores não gostam de ler, é a conclusão a que chego! O que significa que o que recebem, não leem. Ou, o que é pior, escolhem pessoas com quem trabalham (sem ter noção do gosto literário de cada uma), e "espetam-lhes" com originais que, evidentemente, são "mal digeridos", levando, claro, à velha e clássica resposta editorial: "A editora, este ano, já está com a programação, de lançamentos, completa". Tenho dito aos novos autores que é nec