Não quero, com este artigo, fazer uma apologia ao teólogo Aurélio Agostinho de Hipona (354-430), explanando longamente sobre a felicidade, ou divagando acerca da teologia doutrinária para o Cristianismo, dois temas do livro de sua autoria, cujo título está em epígrafe. A felicidade - nesta conjuntura pandémica - é, de facto, muito relativa, pois nunca foi tão fácil, e rápido, passar-se desse estado para um de tristeza e desconsolo, devido às ocorrências diárias. Estupefatos com o que vemos, necessitamos de buscar, no melhor de nós, o consolo para aqueles que nos são queridos e não estão a passar por um bom momento. A felicidade, é uma condição sólida de superabundância, contentamento e estabilidade espiritual, física e psíquica, e possui infinitas abordagens, entre elas a da relação do ser humano com a natureza; com a família; com os amigos próximos; e com a cortesia, a sabedoria e a generosidade para com o outro. Sentimos que estamos infelizes quando somos traídos; quand...
Ator, encenador, professor de Arte Dramática, escritor e jornalista.