O ser humano atualmente não
consegue perceber o mundo que o rodeia. O seu pensamento foge sempre para
lugares comuns, incentivado por políticas de esquecimento. Quanto mais
estupidez – fornecida por meio de comunicação e Governo - a envolver o
dia-a-dia de cada um, melhor, pois, assim, o pensamento deixa de ser importante,
caindo em desuso. Como resultado temos uma quantidade enorme de pessoas que
caminham sob pernas que não são as suas e utilizam raciocínios que não são os
seus. Como prova disto temos a classe política dominante, um manancial de Nada,
eleito por pressão psicológica, carneirismo barato e estupidez generalizada.
Uma parcela, mínima de facto,
consegue perceber as teias que emaranham a vida e, com frustradas tentativas,
repetem gestos de rompimento com a feudalidade atual, porém, como não fazem
parte de sistemas corrompidos e corroídos, naturalmente, ficam pelo caminho.
Este ser humano sem eira nem
beira, que vota, e que discute por vazios, é perfeitamente manipulável, sendo,
com a maior facilidade, a “carne apetecida” dos vigaristas e chico-espertos que
enxameiam os cargos públicos.
Uma horda de políticos sem
preparo, de nenhuma espécie, senta-se em cadeiras de decisão. Homens e mulheres
que não possuem o mínimo conhecimento do que são ideais e ideologias, que não
entendem a diferença em ser-se de Direita ou de Esquerda, estão apenas, e só,
com interesses financeiros, pouco se importando com o cargo que assumiram ou
com a população que neles votou.
A carneirada segue firme no seu
propósito, que é o de lamber bem as botas do político que mais promessas lhes
fez, pois, quem sabe, depois de eleito, caia-lhes nas mãos um empreguito,
daqueles em que não é necessário trabalhar.
Tudo leva a crer que, esse ser
humano que não consegue perceber o mundo que o rodeia, está pouco se importando
com esse mesmo mundo. E, de eleição em eleição, de asneirada em asneirada, vai sendo
cúmplice da desconstrução de um país. Até que chegamos ao absurdo de ouvir
frases de efeito, entoando cânticos ao retorno dos militares ao poder, tanto no
Brasil quanto em Portugal.
Triste sina, a dos que possuem
o mínimo de honestidade e discernimento.
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