Comemorar o nascimento de Martins Fontes (1884-1937) é, como sempre, um prazer inenarrável. Ontem não foi diferente. Entre sonetos galantes e odes inspiradoras a tertúlia seguiu pelo caminho desejado. O ponto inédito e, para mim, muito emocionante, foi aquando da leitura de um dos Capítulos da sua Biografia (ainda inédita por um motivo simples: Não há, em Portugal, um editor com coragem de a publicar, pois está enfeixada em dois volumes que, juntos, chegam às 1.400 páginas) para uma atenta plateia e exigente.
Fico preocupado, com o atraso na sua publicação, simplesmente porque as referências originais acerca de Martins Fontes começam a dissipar-se, como prova temos os textos publicados recentemente em "A Tribuna" (de Santos), repletos de erros históricos e biográficos, que só podem ser sanados se essa Biografia estiver ao alcance das mãos de leitores e investigadores.
Aguardemos um editor corajoso!
Rui Calisto
Existem amigos que, quando partem para os confins do Desconhecido, nos deixam uma lacuna na alma, difícil de preencher. Foi o caso do Faria de Abreu. O primeiro contacto que tive com ele foi em Coimbra, no ano de 2001, quando fui obrigado a levar o meu pai, em consulta oftalmológica, de urgência. Após aquele dia, travamos uma salutar amizade, com vários telefonemas em diversos períodos nos anos que se seguiram, e até inúmeras visitas aquando das minhas várias passagens pela Terra dos Estudantes. Os colegas diziam que ele era o melhor oftalmologista de Portugal, a Universidade de Coimbra tecia-lhe elogios e louvores, os pacientes – o meu pai incluído – diziam que ele era um médico respeitador e dedicado. Eu digo, simplesmente, que ele era uma figura humana sensível, logo, alguém que compreendia o valor da amizade. José Rui Faria de Abreu faleceu na manhã do dia 27 de novembro de 2012 no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra , aos 67 anos de idade,...
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