Há momentos em que o pensamento foge na direção da melhor cidade do mundo. Fui muito feliz no Rio de Janeiro, e espero voltar a sê-lo. Uma urbe que transpira cultura, que verte de suas artérias uma seiva abundante no que trata ao Teatro, ao Cinema, às Artes Plásticas, à Dança, à Música, etc.. Uma metrópole tão impactante que transforma, integralmente, a nossa alma, e o nosso modo de ver o planeta, com as suas nuances estético-culturais. De entre as centenas de horas que conto, muitas delas foram vividas na Cidade Maravilhosa a observar, a sentir, e a palmilhar diversos caminhos relacionados com a cultura. Posso referir, no correr da pena, inúmeras alegrias que a arte daquela urbe me proporcionou, tanto como elemento da plateia quanto como homem do palco, mas não o farei. Deixarei, apenas, a escrita resvalar para uma determinada tarde, plantada num dia muito distante, do ano de 1983: A primeira vez que vi a Jarra Beethoven, de autoria de Rafael Bordallo Pinheiro (1846-1905). ...
Ator, encenador, professor de Arte Dramática, escritor e jornalista.