A Região do Oeste é composta
por 12 concelhos (Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval,
Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e
Torres Vedras) e cada um possui referências importantes em vários âmbitos,
porém, continuam, no campo do turismo, a reger-se por uma individualidade muito
forte. Se as localidades citadas sobrevalorizassem o património
histórico-arquitetónico-cultural que possuem, e executassem um programa
conjunto, certamente poderia existir um fluxo turístico, nacional e
internacional, muito enriquecedor.
O que salta à vista, quando
visitamos toda a Região do Oeste, é a opulência
da sua natureza.
Devido à falta de sinergia
entre as partes, os artistas e os agentes culturais, tentam, com os mínimos
recursos que possuem, fazer o milagre da multiplicação, inventando-se a cada
dia, com o intuito de mostrar ao visitante o que de melhor existe relacionado
com a música, o teatro, a dança, a fotografia, a literatura, etc..
Vamos – momentaneamente -
retirar o foco da cultura, explorando caminhos que, sem dúvida, agradam-me
sobremaneira. Falo da união da costa marítima com a amenidade do clima campestre.
Por onde passamos, os nossos olhos encontram uma singularidade, e, como se não
bastasse, de repente, adentra-nos nas narinas um eflúvio que salta dos vívidos
pomares ou das ervas aromáticas que embalsamam o ambiente.
Quando menos esperamos
surge-nos o fragor da ginga de Óbidos, da pera rocha de diversas localidades
oestinas, da maçã de Alcobaça e das vinhas de Torres Vedras. Sobrevém, também,
saltando-nos à vista, os hortifrutigranjeiros que se espalham
extraordinariamente por quilómetros.
Esse mesmo olhar pode perder-se
nas enseadas e gráceis praias de areia branca, o paladar pode deliciar-se com
os cabazes cheios de bom peixe e marisco, e a nossa alma pode prender-se às
inúmeras veleidades de uma natureza regada a sensações e encantamentos.
Porém, se deslocarmos o foco
para a necessidade de um turismo cultural forte, encontramos inúmeros pontos de
atração, que deveriam estar interligados, desenvolvendo a tal cooperação, tão
necessária para transformar a Região do Oeste numa emblemática marca. De entre
essas atratividades sobressaem, a título de exemplo, as que a seguir se
enunciam:
O Forte de São Miguel Arcanjo, o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, a
Capela da Memória (Nazaré); a Capela de Sant’Ana (Salir do Porto); a bela e
desconhecida Capela da Foz do Arelho, as Igrejas, Capelas e Ermidas de Óbidos, o
painel de azulejos “A Paixão de Cristo” (Óbidos); o Palacete Oriol Pena
(Alcobaça); os Fornos Artesanais de Cal (Pataias); a Igreja de N. S. do Pópulo
(Caldas da Rainha); o Núcleo da Resistência, a Fonte do Rosário, a Gruta da Furninha,
a Igreja de São Pedro, a Igreja da Misericórdia, o Santuário de Nossa Senhora
dos Remédios, o Touril da Atouguia da Baleia, a Igreja de São Leonardo, o Farol
das Berlengas, a Varanda de Pilatos (Peniche); e mais castelos, fortalezas e
fortes, portentos
que não possuem um cariz regional, mas sim nacional, ou mesmo Ibérico, e que
estão ao alcance da vista de qualquer amante dos circuitos turístico-culturais,
pois, é aqui que se mostra realmente ao visitante o que cada localidade possui
de melhor, e qual o poder económico efetivo da Região do Oeste.
O turismo cultural possui uma
força financeira tão intensa, e importante, que pode alavancar um concelho, e
abraçar toda uma extensa área, como a Região do Oeste, transformando-a
definitivamente num lugar de fácil empregabilidade. Podendo, também, por esta
via, equilibrar a balança no quesito Produto Interno Bruto (PIB), sendo o
agente propulsor para o crescimento de todo o país.
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