Quem não conhece deveria fazer algumas economias e "dar lá um salto". Um lugar de sonho, que deve ser bem visto e, principalmente, bem "sentido". Tive oportunidade de lá estar há pouco tempo, numa daquelas situações fascinantes que nos acontecem quando menos esperamos. Barcelona possui um aroma todo especial, o seu povo é curioso e hospitaleiro, o sorriso está sempre na face de cada um, e a forma como nos envolvemos imediatamente com a cidade é tão natural que parece que já lá vivemos há muito. A arquitectura é divina, os mestres arquitectos são do melhor, mas não devemos nos iludir e seguir apenas a trilha que nos é indicada... não. Devemos sim, procurar o que não nos apresentam, aquelas jóias de outra época, anterior ao génio de Gaudí. Que são também espectaculares. E, principalmente, devemos palmilhar a cidade, andar por ela, sentir o respirar de cada esquina, de cada praça, de cada rua, de cada avenida. Os espaços públicos são bem cuidados, os museus admiráveis, as bibliotecas fascinantes, e para quem gosta mesmo de livros, especialmente de raridades... caramba... aconselho uma visita aos alfarrabistas, pois estes possuem um imenso e rico acervo que dá água na boca. Fiquei com vontade de ser catalão.
Existem amigos que, quando partem para os confins do Desconhecido, nos deixam uma lacuna na alma, difícil de preencher. Foi o caso do Faria de Abreu. O primeiro contacto que tive com ele foi em Coimbra, no ano de 2001, quando fui obrigado a levar o meu pai, em consulta oftalmológica, de urgência. Após aquele dia, travamos uma salutar amizade, com vários telefonemas em diversos períodos nos anos que se seguiram, e até inúmeras visitas aquando das minhas várias passagens pela Terra dos Estudantes. Os colegas diziam que ele era o melhor oftalmologista de Portugal, a Universidade de Coimbra tecia-lhe elogios e louvores, os pacientes – o meu pai incluído – diziam que ele era um médico respeitador e dedicado. Eu digo, simplesmente, que ele era uma figura humana sensível, logo, alguém que compreendia o valor da amizade. José Rui Faria de Abreu faleceu na manhã do dia 27 de novembro de 2012 no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra , aos 67 anos de idade,...
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