Quem não conhece deveria fazer algumas economias e "dar lá um salto". Um lugar de sonho, que deve ser bem visto e, principalmente, bem "sentido". Tive oportunidade de lá estar há pouco tempo, numa daquelas situações fascinantes que nos acontecem quando menos esperamos. Barcelona possui um aroma todo especial, o seu povo é curioso e hospitaleiro, o sorriso está sempre na face de cada um, e a forma como nos envolvemos imediatamente com a cidade é tão natural que parece que já lá vivemos há muito. A arquitectura é divina, os mestres arquitectos são do melhor, mas não devemos nos iludir e seguir apenas a trilha que nos é indicada... não. Devemos sim, procurar o que não nos apresentam, aquelas jóias de outra época, anterior ao génio de Gaudí. Que são também espectaculares. E, principalmente, devemos palmilhar a cidade, andar por ela, sentir o respirar de cada esquina, de cada praça, de cada rua, de cada avenida. Os espaços públicos são bem cuidados, os museus admiráveis, as bibliotecas fascinantes, e para quem gosta mesmo de livros, especialmente de raridades... caramba... aconselho uma visita aos alfarrabistas, pois estes possuem um imenso e rico acervo que dá água na boca. Fiquei com vontade de ser catalão.
Revolucionária e doce. O que mais posso dizer de ti, minha querida Carolina? Creio que poucos extravasaram tão bem, tão literariamente, tão poeticamente, as suas apoquentações políticas. Vivias num estado febricitante de transbordamento emocional, que o digam os teus textos – aflitos – sobre as questões sociais ou, no mais puro dos devaneios sentimentais, as tuas observações sobre a música que te apaixonava. O teu perene estado de busca pelo – quase – inalcançável, fazia-nos compreender como pode ser importante a fortaleza de uma alma que não se verga a modismos ou a chamamentos fúteis vindos de seres pequenos. E por falar em alma, a tua era maior do que o teu corpo, por isso vivias a plenitude da insatisfação contínua. Esse espírito, um bom daemon , um excelente génio, que para os antigos gregos nada mais era do que a Eudaimonia , que tanto os carregava de felicidade, permitindo-lhes viver em harmonia com a natureza. Lembro-me de uma conversa ligeira, onde alinhava
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