Avançar para o conteúdo principal

INEM e Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha



Quero, por uma questão de princípio, efetuar um agradecimento ao INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) e aos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha que, no dia 23 de junho, prestaram um atendimento de primeiro mundo ao meu pai.

A rápida e eficiente atuação pró-humanista, aliada ao profissionalismo, tanto da senhora do INEM que atendeu o meu telefonema, quanto dos dois bombeiros que em poucos minutos se deslocaram ao local da chamada, leva-me a desejar o melhor para as duas Instituições, e todos os envolvidos.
Nada faltou na urgente, imediata e correta prestação de cuidados de saúde de que o meu pai foi alvo. O que evidencia o gabarito de cada um dos elementos cingidos ao caso.

“A prestação de socorros no local da ocorrência, o transporte assistido |…| para o hospital adequado e a articulação entre os vários intervenientes…” mostraram a capacidade de assistência e o poder de ação desses intervenientes do sistema. Devido à eficiência e eficácia mostradas por ambas as instituições custa-me a aceitar que, as mesmas sejam alvo de trotes, de chamadas falsas. A pessoa que, maldosamente, telefona para o número de emergência médica, deveria colocar a mão na consciência e tentar perceber que, de toda a vez que o faz, está a prejudicar um atendimento de excelência (como o que o meu pai recebeu), privando alguém que está – realmente – a necessitar dele.

Tanto o INEM quanto os Bombeiros trabalham para a população, de modo anónimo e franciscano, mas, o comum das pessoas pouco crédito e elogios lhes dedica, preferindo chamar de heróis aos “chutadores da bola”. Não se iluda, caro leitor, herói é todo aquele que tenta salvar vidas. Neste caso específico, o INEM e os Bombeiros.

Nunca tive razão de queixa de nenhuma dessas instituições e, a cada dia que passa, observando atentamente os seus feitos, temos mais crença em que seria muito justo se, esses profissionais, fossem sobejamente recompensados e tivessem uma aposentadoria digna. A competência, aliada à bondade das ações praticadas, deve ter recompensa. Allan Kardec diz-nos que “Fora da caridade, ou seja, fora do amor, não há salvação”.

De facto, nada mais importa na vida breve, a que temos direito, neste planeta. Toda a felicidade que almejamos só poderá chegar a nós se derramarmos felicidade para os outros, pois, é bem verdade que a nossa semeadura refletirá na nossa colheita. “Os espíritos protetores ajudam-nos com os seus conselhos, através da voz da consciência, que fazem falar em nosso íntimo – mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam.” No dia 23 de junho, o Altíssimo iluminou três pessoas. Bem hajam!

Comentários

Mensagens populares deste blogue

José Rui Faria de Abreu

  Existem amigos que, quando partem para os confins do Desconhecido, nos deixam uma lacuna na alma, difícil de preencher. Foi o caso do Faria de Abreu. O primeiro contacto que tive com ele foi em Coimbra, no ano de 2001, quando fui obrigado a levar o meu pai, em consulta oftalmológica, de urgência. Após aquele dia, travamos uma salutar amizade, com vários telefonemas em diversos períodos nos anos que se seguiram, e até inúmeras visitas aquando das minhas várias passagens pela Terra dos Estudantes. Os colegas diziam que ele era o melhor oftalmologista de Portugal, a Universidade de Coimbra tecia-lhe elogios e louvores, os pacientes – o meu pai incluído – diziam que ele era um médico respeitador e dedicado. Eu digo, simplesmente, que ele era uma figura humana sensível, logo, alguém que compreendia o valor da amizade. José Rui Faria de Abreu faleceu na manhã do dia 27 de novembro de 2012 no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra , aos 67 anos de idade,...

Arena Romana nas Caldas da Rainha

Toda a vez que ouço um aficionado das touradas destilar frases de efeito, anunciando que “aquilo” é cultura, ponho-me a pensar num excelente projeto que poder-se-ia executar nas Caldas da Rainha: Construir-se uma Arena Romana. Naturalmente seria um plano muito interessante do ponto de vista “cultural”. As Arenas Romanas estão na história devido à inexorável caçada suportada pelos cristãos primitivos. Praticamente a mesma coisa que acontece com os touros numa praça. São muito conhecidas as crónicas sobre as catervas de animais impetuosos que eram lançados sobre os fiéis indefesos, algo muito semelhante com o que se vê nas liças tauromáquicas. Um touro a mais ou a menos para os aficionados é, praticamente, igual ao sentimento romano: Um cristão a mais ou a menos pouco importa. O que vale é a festa; a boa disposição de quem está nas arquibancadas; as fortunas envolvidas, representando lucros fenomenais para alguns; a bandinha de música, orientada por um maestro bêbad...

A arte de Paulo Autran

  Um dos amigos de quem sinto mais saudades é esse Senhor, cujo nome está em epígrafe. O seu percurso profissional mistura-se com a história do teatro brasileiro. O seu talento ombreia com o das divindades dos palcos, Leopoldo Fróes (1882-1932) e Laurence Olivier (1907-1989). A sua postura era ímpar, a de um cavalheiro, praticamente um aristocrata. Estava com 25 anos de idade quando o conheci, um ser ainda imberbe. Ele, com simpáticos 68. Gigante há muito. Respeitado, cultuado, um exemplo. Era carioca, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, numa quinta-feira, 7 de setembro de 1922. Muito influenciado pelo pai, Walter Autran (1891-1960), formou-se na Faculdade de Direiro do Largo de São Francisco, em 1945, desejando abraçar carreira na diplomacia. Não almejava ser ator, porém estreou como amador, em junho de 1947, no Teatro Municipal de São Paulo, com a peça “Esquina Perigosa”, de autoria de John Boynton Priestley (1894-1984), com direção de Silveira Sampaio (1914-1964). Infl...