Recentemente ocorreram as eleições concelhias do Partido Socialista. Fui integrante da Lista B, liderada pela jurista (e ex-advogada) Isabel Alves Pinto. Antes da campanha ter início, em momento de alto debate político com a candidata, veio-me à memória a extraordinária história do Pequeno Príncipe, originando em mim, de imediato, a frase que, com o assentimento da equipa, seria o ribombar de toda a lide que nos aguardava: “Até os Muros se Tornarem Livres”. Os elementos da Lista adversária, como não prestaram atenção naquilo que estava intrínseco à mensagem (provavelmente por nunca terem lido “O Pequeno Príncipe”), ofenderam-se barbaramente, anunciando, de porta em porta (para a militância), que a nossa Lista B queria DESTRUIR o Partido Socialista. Para esses camaradas, tal como o afirmaram, “Até os Muros se Tornarem Livres” significava destruir. Conclusão simplista e longínqua da verdade ! É a falta de cultura que nos leva a precipitar para este tipo de ilações. ...
Ator, encenador, professor de Arte Dramática, escritor e jornalista.