O Executivo da Câmara Municipal
das Caldas da Rainha - para aumentar a biodiversidade e promover a melhoria da
qualidade de vida dos moradores, transeuntes e turistas - poderia começar a
pensar em propagar a cobertura vegetal arbórea do centro da cidade, instaurando
a campanha anunciada em epígrafe.
Para tornar essa proposta
viável deveria ser criada uma secção camarária (Divisão de Arborização Urbana) responsável
por elaborar e executar um mapa de plantio em ruas, avenidas e praças. Essa
resenha técnica poderia, também, englobar construtores, engenheiros e
arquitetos, para que estes adicionassem percentagens de áreas verdes aos seus
futuros projetos.
Com o correr das décadas, a
Mata Rainha D. Leonor, o Parque D. Carlos I, e o novo parque de Santo Onofre
não serão suficientes para a promoção de altos padrões de oxigénio em toda a
região central (daqui a cinquenta anos, uma área muito mais alargada será
considerada o centro nevrálgico da cidade), sendo, portanto, urgente que se dê
inicio a um plantio concertado, que possa abranger maciçamente N. S. do Pópulo
e Santo Onofre, impedindo, assim, que o avanço asfáltico, bem como o betão e o
concreto armado, cheguem a proporções que, no futuro, possam afetar o bem-estar
da população.
Essa campanha (cívica)
promovida pela Câmara Municipal deveria cingir-se ao plantio de árvores de raiz
pequena, cuja floração e frutos oferecessem uma contribuição ecológica, além de
acentuado embelezamento urbano.
A defesa do meio ambiente está
intimamente ligada à satisfação emocional da população em geral, mas também
está relacionada com a proteção dos aquíferos termais existentes. Pelo que, mais
espécies arbóreas, em todas as vias do centro da cidade, não deve ser
considerado despesa para o município, quando está em jogo a melhoria da
condição de vida dos caldenses e visitantes.
O abate indiscriminado de árvores,
e o pouco investimento nesse setor, geralmente ocorre por três motivos: 1)
Venda de madeira; 2) Infestação de pragas; 3) Completo desconhecimento, por
parte das autoridades competentes, de políticas voltadas para a importância da
arborização urbana.
No primeiro caso, é um absurdo
que se arrase com espécies para a satisfação do bolso de algum chico-esperto;
No segundo, o problema é resolvido de modo simples se existir um cuidado com a
poda e o tratamento das castas; No terceiro, basta desenvolver um programa
específico, geralmente aplicado por organismos habilitados para isso (como as Divisões
de Arborização Urbana existentes em diversos países).
Plantar uma árvore significa
semear vida e proteger a água de toda a região. Arborizar bairros inteiros, de
modo amplo e equilibrado, denota contribuir para a proteção aquífera de todo o país,
quiçá do próprio planeta.
Popularizar as diretivas
existentes para a arborização maciça do centro da cidade, trará, à consciência
das gerações vindouras, um maior sentido de responsabilidade urbana, evitando
que este tipo de debate seja necessário, pois a sua ideia central fará parte,
espontaneamente, do seu modo de refletir e
agir.
É necessário pensar a cidade de
modo prático, almejando alcançar benefícios para a saúde física e mental de
todos os seres.
Realizar o plantio, e o manejo,
das mais diversas espécies arbóreas, eficazmente adequadas para o perímetro
urbano, permitirá a cada espécie um desempenho pleno da sua função ecológica.
Neste ano (de eleições
autárquicas) estará a classe política preparada para elaborar
propostas/projetos de remodelação visando o florestamento de N. S. do Pópulo e
de Santo Onofre?
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