De vez em quando surge uma nova
página numa rede social, cujo intuito é o de alertar a população para os erros
(e descaso) da autarquia em relação às freguesias caldenses.
Há algumas semanas, apareceu
mais uma com esse propósito. E já são muitos os arreliados manifestantes, que escrevem
uma série de reclamações contra a atuação das Juntas de Freguesia e da Câmara
Municipal das Caldas da Rainha, nos mais diversos setores.
Não deixa de ser curiosa a
leitura dos comentários e das amofinações, porém, infelizmente, não passam de
resmungos de Internet, do tipo “vozes que não chegam ao céu”.
Existe apenas um momento em que
esses queixosos poderiam, realmente, mudar toda a história do nosso concelho, mas,
nesse instante importante, o que acabam por fazer é o mais covarde dos atos:
Ficam em casa no dia da eleição, aumentando, o já enorme, número da abstenção,
ou… vão às urnas, mas, oferecem o seu voto ao partido que está na Câmara, o que
prova, afinal, que a atuação desse partido não os incomoda tanto assim.
Portanto: Porquê “gritam” tanto nas Redes Sociais? Será falta do que fazer?
São inúmeras as páginas que
grassam pelo mundo virtual e que têm Caldas da Rainha como foco principal.
Algumas são administradas por pessoas sérias, que tentam reavivar a memória
coletiva caldense, outras existem apenas para o ataque, disparando todas as
barbaridades possíveis contra pessoas e instituições. É triste saber que a vida
de alguns caldenses resume-se a navegar pela Internet, destilando o veneno da
inveja e da irracionalidade.
Os bons cidadãos devem, com
certeza, continuar a usar as Redes Sociais, com o fito de transmitir a sua
indignação política e social, claro, mas, também devem exercer o direito do
voto. É imperioso acreditar que só podem ter, de facto, um concelho melhor,
quando a alternância política começar a ser usual.
Sim, a Internet e as Redes
Sociais aí estão, e vão permanecer. Torna-se muito complicado para a humanidade
imaginar o nosso planeta sem a aptidão que a rede mundial de computadores faculta.
Porém, o grande problema das Redes Sociais está centrado no simplismo
intelectual. Em muitas páginas caldenses é evidente que o que ali existe é
apenas embasado em estupidez e não em amor por Caldas da Rainha. Todos os
assuntos de relevância são discutidos de modo tendencioso e, sempre, com o
interesse e a conivência de quem administra a página, pois, o que essa pessoa
deseja é, unicamente, um séquito de seguidores, para poder propalar a sua “sabedoria”
cada vez mais longe.
Infelizmente, esse tipo de
pessoa desconhece que quem lhes pode dar um impulso é apenas o poder do
algoritmo. O que significa que podemos ter 5000 amigos, mas, chegar a menos de
5% destes, em cada postagem.
É importante que exista mais
uma página que exponha os problemas atuais das Caldas da Rainha? Sim, é. As Redes Sociais podem ajudar a Democracia, porém, é necessário exercitar,
também, esse poder.
As próximas eleições
autárquicas estão a razoável distância (2021). Se os protestos da população não
são acolhidos pelo poder autárquico, o que devem fazer para não ter a rua onde
moram cheia de buracos, o mato a crescer pelas paredes externas da sua casa, os
passeios intransitáveis, e um plano cultural vazio, etc.? Simples: Queixem-se fundamentada
e ponderadamente, e votem acirradamente na Oposição!
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