O Estado de Santa Catarina, no
Brasil, é uma região de abundância, onde impera a riqueza agrícola e turística.
O seu território é amplo, maior do que Portugal, tendo, inclusive, um percurso
de litoral com mais de 450Km de extensão. É nesse Estado, que fica situada
Santo Amaro da Imperatriz, cidade-irmã de Caldas da Rainha.
As suas fontes termais,
existentes e utilizadas pelos naturais desde priscas eras, foram protegidas no
ano de 1813 pelo governo Imperial, até que, cinco anos depois, a 18 de março,
foi decretada a construção de um hospital.
O ponto alto daquele
estabelecimento ocorreu em outubro de 1845, quando Sua Majestade, o Imperador
D. Pedro II, e a Sra. D. Teresa Cristina, o visitaram. O excelso Monarca, vendo
a região e a excelsitude de suas águas, mandou construir um novo edifício,
cujos quartos possuíssem distintos serviços termais.
É de referir a preocupação, com
a proteção ambiental de Santo Amaro da Imperatriz, pois, 72% de todo o seu
território é uma área de preservação permanente. Com uma beleza ímpar,
encontramos as montanhas da mata Atlântica (magnífico santuário ecológico, onde
a preservação da fauna e da flora é uma constante); e a exuberância do Parque
Estadual da Serra do Tabuleiro (possuidor de uma magnífica biodiversidade, com
abundância de recursos naturais, inclusive nascentes de diversos rios que
abastecem, de água potável, a região da Grande Florianópolis).
Os nascidos e residentes em Santo
Amaro da Imperatriz são pessoas afáveis, gentis, hospitaleiras e trabalhadoras.
Preocupadas com a preservação da sua região, são participativas e atuantes nos
mais diversos setores, inclusive no político, não se deixando lograr quando o
assunto é a defesa do que possuem de mais importante: As águas termais e o
resguardo do meio ambiente.
Recentemente, a água termal de
Santo Amaro da Imperatriz foi classificada como sendo a melhor da América do
Sul e a segunda melhor do mundo (a primeira é a estância da cidade de Vichy, na
França) o que fez aumentar o turismo e alavancar todo o comércio e serviços locais.
Caldas da Rainha tem muito a
aprender com Santo Amaro da Imperatriz, creio, inclusive, que o protocolo de
cidades-irmãs deveria abranger uma concessão das Termas caldenses, por, no
mínimo cinquenta anos, aos responsáveis pela gestão da estância termal daquele
município brasileiro. Acredito que, só assim, será possível reativar plenamente
os tratamentos termais neste concelho, bem como, dar algum progresso ao
comércio e à indústria nativa. Pode parecer uma ideia estranha ao meu querido
leitor, porém, sou apologista de que devemos estar sempre ao lado dos melhores,
tentando aprender com eles.
“A geminação entre cidades
nasceu da convicção profunda de que se todos os homens pudessem estabelecer
laços mais estreitos, a cooperação e compreensão internacionais seriam mais
autênticas e dar-se-ia um passo para a vivência em paz, pelo desenvolvimento
solidário e pelo bem-estar.”
Para pensar Caldas da Rainha
com seriedade e visão de futuro, será necessário investir em quem possui ideias
concretas acerca do valor do termalismo para este concelho, para isso, é
necessário efetuar um exercício de desprendimento muito grande. Não sei se o caldense
está preparado para tanto.
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