A reciclagem é um tema que merece grande atenção, e deve ser alvo de muita discussão nos concelhos do Oeste. A maioria da população, infelizmente, ainda não compreendeu a necessidade da separação do lixo.
Reciclar significa dar vida
nova a algo, sendo um processo que permite a preservação dos recursos naturais,
contribuindo para a proteção do meio ambiente. E o que isso importa? Permite
oferecer, por exemplo, às gerações futuras, uma qualidade de vida muito melhor
do que aquela que temos.
Respeitar o meio ambiente é reverenciar
toda a população. É uma questão de educação, de civismo e de amor-próprio, um
assunto linear, porém, complexo, se
for analisado através dessas três óticas.
Para onde vai o lixo que produzimos?
Cerca de 78,2% é deposto em aterro sanitário, um absurdo. Para começar, de
facto, a resolver o problema, todos os concelhos oestinos deveriam investir
maciçamente na instalação de Ilhas
Ecológicas, bem como, realizar diversas sessões de conscientização (através das
Juntas de Freguesia), explicando aos cidadãos quais os benefícios da
Reciclagem. Essas Ilhas permitirão a retirada de centenas de contentores de
lixo sujo, promovendo, não só o necessário primeiro passo da Reciclagem, mas,
também, uma melhor circulação de peões na via pública.
As Ilhas Ecológicas possuem uma
durabilidade incomparavelmente maior do que os contentores tradicionais,
exigindo, inclusive, uma conservação mais simplificada, ou seja, menos dinheiro
público (nosso) a ser gasto.
A redução do consumo de
matérias-primas, a poupança na energia elétrica, a melhoria na qualidade do ar
e da água, a diminuição da emissão de gases do efeito estufa, estes são alguns,
dos muitos, benefícios de uma bem-feita Reciclagem.
A Agência Portuguesa do Ambiente
é uma excelente referência da boa prática na Administração Pública.
O Oeste poderia, com um pouco
de estratégia no campo de ação ambiental, oferecer melhor qualidade de vida aos
seus munícipes, para isso, o trabalho deve ser global, e não regional. Com todos
os concelhos, unidos para o bem comum, com o propósito de desdobrar e guiar uma
gestão integrada e transmitida das políticas ambientais e de crescimento
sustentável, de modo estruturado com as restantes políticas nos mais diversos
setores governativos, inclusive com a inclusão de entidades públicas e privadas
(que possuam o mesmo objetivo), tendo como meta um altíssimo patamar de
preservação e valorização do ambiente.
Se o contributo concelhio para
o desenvolvimento sustentável de toda a região Oeste for assente em nobres
paradigmas de amparo e enaltecimento dos processos ecológicos, com certeza, a
qualidade de vida de todos os cidadãos, nossos descendentes, será soberba.
É necessário pensar no próximo,
no que trata ao ambiente, deixando de lado o egoísmo de muitos, que recusam-se
a trabalhar pela melhoria da pegada ecológica, só pelo simples facto de que não
serão eles a retirar proveitos futuros.
São inúmeros os programas
internacionais, de alta tecnologia, com foco nas Ilhas Ecológicas, e que permitem
uma melhor compreensão de todo o processo que deve ser desenvolvido e a elas
adaptado, respeitando a hierarquia de resíduos, e que permitem a cada concelho
aumentar a taxa de reciclagem e perceber
como se conseguirá lidar com os milhares de toneladas produzidos a cada ano.
Reciclar ainda é, e o será por
muito tempo, um dos principais caminhos para conseguir melhorar a qualidade de
vida de cada cidadão. Haja disposição e bom senso.
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