O tema de hoje é muito
delicado, pois, aborda uma das mais prementes necessidades do concelho das
Caldas da Rainha, e arredores.
O Centro Hospitalar do Oeste,
E.P.E – Unidade de Caldas da Rainha
carece, de uma Unidade de Cuidados Intensivos, e não se compreende como, ano
após ano, esse assunto tem sido deixado de lado pela classe política local, bem
como pelos sucessivos Ministérios da Saúde implementados no Pós-25 de Abril.
Segundo investigação, confirmei
que nenhum partido político local tem esse assunto em pauta, ou está atento a
essa situação, não existindo, portanto, um estudo acerca dessa indispensabilidade,
que possa ser encaminhado ao citado Ministério, ou à Assembleia da República,
para permitir que tão importante sector hospitalar seja uma prioridade para
esse concelho, quiçá para toda a Região Oeste, servindo, inclusive, de grande
apoio para os seus congéneres de Leiria e de Lisboa.
Uma Unidade de Cuidados
Intensivos (UCI), ou Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), é um organismo que
se evidencia como uma divisão hospitalar
imprescindível, munida de uma estrutura de vigilância continuada, e que
acolhe enfermos cujo estado de saúde é iminentemente grave.
Os pacientes agudamente doentes
necessitam de um suporte e cuidados avançados de vida, que somente uma Unidade
de Cuidados Intensivos pode oferecer, por possuir uma ambiência de elevada
complexidade, protegida, e exclusiva na envolvência hospitalar, devido,
principalmente, à monitorização absoluta, com cerrada vigilância nas 24 horas
de cada dia.
Se atentarmos ao facto de qual
o tipo de doente que necessita de uma Unidade de Cuidados Intensivos (Hipotensão
arterial refratária, Desconforto respiratório, Infarto e Acidente Vascular
Cerebral (AVC), Etc.), percebemos que a região de Caldas da Rainha deveria
possuir uma Unidade como essa há muitos anos, evitando, assim, o encaminhamento
para Leiria ou Lisboa (dependendo das vagas existentes, os pacientes podem ter
de enfrentar uma distância maior, sendo deslocados para Coimbra). O que,
certamente, poderia ter salvado muitas vidas.
Os intensivistas (profissionais
que trabalham nessas Unidades) são de variadas áreas médicas, ou seja,
multiprofissionais e interdisciplinares, fundamentais para o sucesso do
tratamento dos pacientes internados nesse tipo de ala. Pessoas que, pelas suas
qualificações, aliadas a uma Unidade de última geração, podem facultar um
atendimento de alto gabarito, dignidade e conforto, a cada paciente.
Uma Unidade de Cuidados Intensivos
é um instrumento primordial para o progresso curativo do internado, pela citada
excelência dos profissionais, ou pela existência dos equipamentos
especializados incorporados a cada leito (eletrocardiográficos,
Esfigmomanómetros, Capnógrafos, Máscaras e Cateteres de Oxigénio, Etc.).
Em suma, a classe política
local deveria atuar conforme a necessidade (e, neste caso, esta é iminente), sem
preocupações com a sua cor partidária. Os políticos da região “teriam de
levantar a voz” (inclusive em conjunto com outros sectores do concelho, bem
como de toda a região Oeste) pressionando o Ministério da Saúde, e os deputados
da Assembleia da República, para a inadiável instalação de uma Unidade de
Cuidados Intensivos no Centro Hospitalar do Oeste, E.P.E – Unidade de Caldas da
Rainha.
O prometido novo Hospital do
Oeste não sairá do papel tão cedo, porque é simplesmente uma questão política,
e nenhum Governo quer iniciar algo que poderá não ter o privilégio de
inaugurar, portanto, cada concelho deve pensar - no quesito Saúde - qual a sua maior necessidade. A das Caldas
da Rainha é a da instalação de uma Unidade de Cuidados Intensivos.
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