Como havia assinalado no ano de
2009, há muito que as ruas, avenidas e praças deste concelho deveriam ter sido
intervencionadas, não apenas para a substituição de velhas tubulações de
amianto nas redes de água e esgoto, mas também para o alargamento de passeios e
o melhoramento dos mesmos.
É de referir que, com as obras
que atualmente se executam, aumenta exponencialmente a qualidade de vida e a segurança
dos transeuntes e dos veículos.
Vejo, portanto, com bons olhos as
obras que a Câmara Municipal vem efetuando em Santo Onofre - intervenção operada,
não há muito, também, em N. S. do Pópulo, Coto e São Gregório, assim como na
Zona Poente (Salir do Porto, Serra do Bouro, Tornada, Nadadouro e Foz do
Arelho), na Zona Nascente (Santa Catarina, Carvalhal Benfeito, Salir de Matos)
e na Zona Sul (A-dos-Francos, São Gregório, Landal, Alvorninha e Vidais) – uma
requalificação que trará uma melhor condição de existência a todos os munícipes.
É um incómodo, sem dúvida,
termos obras na porta de casa, mas devemos pensar, por exemplo, na melhoria das
propriedades da água que sai das nossas torneiras, se a rede de abastecimento
for substituída, ou na falta que fazia o rebaixamento dos passeios (as pessoas
que dependem de cadeiras de rodas que o digam).
Uma cidade que se quer grande, necessita
de um sistema viário e de um calçamento equiparados às urbes do decantado
Primeiro Mundo, para isso é essencial que a população compreenda a urgência em efetuarmos
algum sacrifício (o que no caso das Caldas da Rainha é mínimo, pois as obras
viárias estão a seguir um curso célere, bem dentro do previsto, segundo fonte
segura de informação).
Há muitos meses, em conversa
com o Sr. presidente da Câmara Municipal, disse-lhe que seria necessário o
executivo camarário possuir um novo modo de pensar Caldas da Rainha, referindo-me
a determinadas ações relacionadas com o ambiente, o turismo e a cultura. A
resposta veio ligeira e positiva, com mostras do que está a ser ultimado para
benefício dos caldenses. Ato que demonstrou que esse autarca, há muito, vem
pensando o concelho de um modo amplo e futurista, adaptando-o às novas tendências
da União Europeia, nas mais variadas esferas.
É esse o tipo de diálogo, entre
a Esquerda e a Direita, que deve existir. Sem interferências entre ideais e
ideologias. É possível “pensar Caldas da Rainha” de um modo isento, não é um
exercício fácil, mas é fundamental. Aliás, o novo colóquio (mundial) acerca das
políticas de base começa a demonstrar que (devido ao caminhar avassalador da
corrupção, tanto na Esquerda quanto na Direita), o que será o protótipo de
governação nas próximas décadas, está mais voltado para a pessoa do que para o
Partido. Num futuro, que ambicionamos seja próximo (em Portugal deve acontecer
muito tarde, devido ao gene da corrupção entranhado no sangue de muitos), a
política será – realmente - um dos pilares da construção de uma sociedade
melhor.
Até lá, ainda vamos ouvir o
populista dizer que é importante combater o populismo, e o corrupto a anunciar
que é um pilar contra a corrupção. Esse tipo de político é aquele que
falaciosamente mais espaço de ação consegue na comunidade, pois, a falta de
empenho e consciência cívica de uma grande fatia da população, ainda faz com
que esta se deixe seduzir por palavreado oco e superficial.
Este município pode distanciar-se
desse cenário, afinal, em maior ou menor número, existem pessoas corretas em
todas as suas forças partidárias. É possível um diálogo intenso e amplo,
mantendo-se o respeito ao ideal e à ideologia de cada um.
Por enquanto, vamos pensando o
concelho de um modo mais prático, com menos poluição e melhor qualidade do ar e,
para isso, a execução das obras em curso é relevante.
Caldas da Rainha possuía características
de aldeia estreita e insalubre. A nova estética começa a alterar o quadro.
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Tela: "Caldas da Rainha".
Autor: Columbano Bordalo Pinheiro.
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