O Parque Dom Carlos I trescala,
cheio de viço e vigor, graças à não realização das Feiras dos Frutos e do
Cavalo nesta época pandémica. Dá gosto passear por suas alamedas recebendo os
ares de harmonia, e equilíbrio orgânico, que há muitos anos ali não se sentiam.
Como sei que há inúmeros
caldenses adeptos dessas Feiras, proponho um novo cenário, capaz de agradar a
todos: Um terreno, de excelentes dimensões, situado na Foz do Arelho, com magnífica
vista para a lagoa, e que, sendo bem planeado e estruturado, não traria
malefícios para a biodiversidade local.
A nova localização do espaço
das feiras e eventos das Caldas da Rainha poderá, inclusive, colocar o concelho
num patamar muito elevado, sendo alvo de encómios amplamente favoráveis em
outros recantos da Europa, quiçá do mundo, necessitando, apenas, de um olhar
sério por parte da classe política local, de um comprometimento desta com a
saúde do Parque D. Carlos I, com a real salvaguarda da sua biodiversidade, e
com a expansão e o progresso socioeconómico de toda a região.
Nesse novo ponto é possível
instalar a área de exposições e feiras; Um excelente estacionamento (embora
fosse de bom-tom investir no transporte público para o local); E uma superfície
(um auditório do tipo “Concha Acústica”) para concertos musicais.
Pode a autarquia ir buscar
inspiração num dos melhores locais para feiras e eventos do planeta, o do Alto de São João, em Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil, o Parque de Exposições João Alencar Athayde.
A criação desse lugar irá
contribuir para a valorização da marca “Caldas da Rainha”, além de incentivar a
realização de inúmeros, e diversificados, acontecimentos temáticos, como, por
exemplo, a saudosa Feira da Cerâmica.
O município, com a
implementação dessa nova extensão, poderá revitalizar toda a região da Foz do
Arelho, além de tratar de um melhor ordenamento do território, e da geração de condições,
não apenas para o público em geral, mas também para todo o material humano
envolvido com os certames.
Dependendo de como o projeto
for planeado, e executado, é possível receber anualmente um excelente número de
atividades, transformando esse empreendimento na maior bolsa de negócios das Caldas da Rainha, uma mais-valia
para os envolvidos (população e empresas expositoras), sendo vantajoso para
toda a gama de clientes e parceiros (se existir uma diversificação de mostras),
com a relevância de ser possível analisar os mais variados mercados, e suas
tendências, posicionando as ofertas de modo competitivo e inovador.
Uma ambiência grandiosa, repleta
de alacridade, cor e emoção, atrairá as atenções, e poderá criar sinais
distintivos muito fortes para todo o concelho. Irá permitir, inclusive, que as
próprias Feiras dos Frutos e do Cavalo deixem de possuir o ar tosco que as
caracteriza.
Uma comunidade que se quer
desenvolvida deve tentar nivelar-se com fasquia alta, buscando, nos
empreendimentos de sucesso existentes nas Capitais do mundo, todos os bons exemplos,
mas, e aqui é que reside o valor acrescentado, expondo, também, as suas raízes,
a sua ruralidade, e a riqueza de seu comércio e da sua indústria.
Enquanto as presentes feiras e
eventos, forem apenas para gáudio financeiro de meia-dúzia, e para lustrar o
ego de parolos sem sabor, infelizmente o ar continuará turvo, e as mentalidades
não conseguirão alcançar o óbvio: O Parque D. Carlos I não se adequa a
determinados devaneios.
Pela Foz do Arelho! Pelas Caldas da Rainha! Um novo recinto de Feiras e Eventos deve ser planeado e executado.
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