No dia 13 de setembro de 2021
ocorreu a última reunião da Assembleia de
Freguesia da União de Freguesias de
Caldas da Rainha – N. S. do Pópulo, Coto e S. Gregório. Foram quatro anos
de gratificante trabalho.
Em junho de 2020 em assembleia
do Partido Socialista das Caldas da
Rainha deixei bem claro que não me recandidataria a essa União de Freguesias, e
que também não estaria disponível para fazer parte de uma Lista a outro
organismo autárquico.
A Comissão Política (e o
Secretariado) do Partido Socialista
caldense, durante os meus quatro anos de mandato, não mostrou nenhum interesse
por trabalhar em conjunto (a minha intenção era a de efetuar reuniões mensais
com os meus camaradas, vereadores, deputados municipais e deputados de
Assembleias de Freguesia, para realizar um trabalho concertado entre todas as
partes, visando o aprimoramento de cada mandato, bem como, fornecendo ao
próprio Partido diversos subsídios (informações) que pudessem ser uma
mais-valia para a construção de um Programa Político para as eleições de 2021,
o que permitiria, inclusive, e atempadamente, organizar as catorze listas
concorrentes - Câmara, Assembleia Municipal e doze Juntas de Freguesia -,
dando-nos, assim, uma enorme vantagem em relação aos outros Partidos).
Infelizmente, tanto a Comissão
Política quanto o Secretariado, não mostraram interesse em juntar esforços e
pugnar por um labor alinhado, ficando o meu trabalho dependente apenas de mim.
Segundo um camarada - que faz parte de um desses organismos - a intenção de
abafar-me era simples: Para não me sobressair, em relação aos outros autarcas
da mesma sigla, pois isso poderia despertar no concelho caldense, e em minha
direção, o epíteto de “candidato natural”. A concelhia caldense, nos dias que
correm, não quer “candidatos naturais”, pois, a impressão pública que causa é a
de que a sua única preocupação se concentra na manutenção e repartição entre si
dos lugarzinhos que vão conseguindo. Não é assim que se deve fazer política.
Apesar de tudo, estou muito
satisfeito com o meu mandato. Consegui percorrer, diversas vezes por mês,
durante os quatro anos, todo o território da freguesia, passando a conhecer
muito bem quais as necessidades mais prementes (especialmente na Fanadia e em
São Gregório) dos seus moradores.
Resta-me apenas, portanto, saudar
o Executivo, a Assembleia de Freguesia, as funcionárias da secretaria e todos
os trabalhadores daquela União de Freguesias, pela cordialidade que tiveram
comigo, pela atenção que sempre me dedicaram e pela compreensão de que todas as
minhas Propostas e Intervenções foram pensadas no bem-estar da comunidade onde
estou inserido. Agradeço, também, a todas as pessoas que votaram em mim no ano
de 2017, porém, não trabalhei apenas por elas, mas sim por todos os, quase,
dezassete mil fregueses que aqui residem.
Um mandato autárquico deve ser
cumprido com denodo, com respeito pelas pessoas, com desprendimento e vontade
de fazer mais e melhor. Não pode ser um mandato de gabinete. Os eleitos devem
estar, durante os quatro anos, junto da população, auscultando as carências de
cada um.
Um indivíduo que passa aquele
tempo sentado comodamente, a atirar lugares-comuns para o ar; que vai para as
reuniões, do organismo político a que pertence, umas vezes para, simplesmente,
fazer número, outras para causar a impressão de que domina assuntos que, na
realidade, nunca estudou; receber a ajuda de custo que lhe é destinada; e votar
(em documentos que nunca se deu ao trabalho de ler), não deve, nem pode, ser
eleito para um cargo autárquico. Aliás, deveria ter vergonha na cara e jamais
pensar em fazer parte de uma Lista concorrente a um cargo público.
A corrupção vive dessa gente
que vegeta na política. Tolerância, Filantropia e Justiça, são o caminho para
um mundo melhor! Bem hajam!
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