Durante décadas pairou sobre a Terra um pensamento reconfortante, o de que, realmente, os novos anos que se aproximavam poderiam trazer à humanidade muita alegria, saúde e paz. Balelas insonsas disparadas por bocas pueris. O ser humano – e ficou claríssimo com o surgimento das redes sociais – odeia-se. Não existindo, portanto, a mínima hipótese de um alvorecer pacífico a cada manhã. A ganância e a inveja foram, no passado, os pratos a servir. E nada mais do que isso existirá, futuramente, nas comunidades a que pertencemos. Os valores que deveriam nortear o pensamento humano estão muito distantes de uma realidade sólida e palpável. O desejo de ser bondoso, que atravessa a todos, só se mantém em alguns, pouquíssimos, seres. O que é perfeitamente visível naquilo que se publica na Internet e o que se vê nas ações do dia-a-dia. Albert Einstein (1879-1955), no seu extraordinário “Como vejo o mundo”, publicado no já distante ano de 1930, diz-nos: “Os ideais que iluminaram...
Ator, encenador, professor de Arte Dramática, escritor e jornalista.